segunda-feira, 10 de março de 2014

Do querer ao ter de ser, é uma longa distância

Várias são as vezes que os meus médicos (de diversas especialidades) perguntam se eu quero ser operada. Acho que a resposta é demasiado óbvia, não tenho saudades do que passei no após cirurgia. Não tenho saudades de ir para uma cirurgia de alto risco. Não tenho saudades de nada. E fujo disso a sete pés, confesso e talvez saiba o porquê..
É que desde os meus 14 anos que tive operações marcadas de semana a semana (a mala para levar os meus pijamas para o internamento, estava sempre feita) e nunca me operavam, porque não podiam extrair o que não faz parte de mim, demasiado cedo, nem muito tarde. Só se tivesse uma crise ( sim, não existe só a crise económica :p ). Desistiram de marcar as operações semanais e optaram por esperar. Quis a vida, que tivesse a dita crise um mês depois de completar 18 anos, assim teria de ser operada por um novo médico, num novo hospital. Não aceitei isso da melhor forma.

Voltando ao presente, a verdade é só uma: eu não quero ser operada mas tem de ser, infelizmente. E quem decide quando terei de enfrentar uma nova operação, são, única e exclusivamente, os meus tumores.

4 comentários:

  1. É preciso muita resignação para se aceitar. Estou a fazer força por ti.

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  2. Nem consigo imaginar aquilo porque estás a passar mas desejo-te, do fundo do coração, que tudo corra bem (independentemente de haver ou não operação) e que fiques bem.

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  3. vai correr tudo bem minha querida *.*

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