quarta-feira, 6 de julho de 2011

A vida é tão rara

As decisões mais importantes da minha vida, nunca foram tomadas por mim. Não tenho, sequer, hipótese de escolha. Tenho de aceitar e acabou. Mas existem coisas que não admito e brincarem com a minha vida é uma dessas coisas. Infelizmente, já aconteceu, não uma, nem duas, nem três, mas mais de quatro vezes. Quando ele me adia tudo, morro mais um bocadinho, por dentro, e ninguém desconfia disso. Vou ao fundo e, sinceramente, não sei como saiu desse poço. Só sei que, mais uma vez, sinto-me gozada, e que está, de facto, a brincar com a minha (pouca) saúde. Eu sou a doente que está doente e que, para muitos, não fala, nem bate bem. Ele é o médico, que só sabe se-lo em hospitais privados. Ele não sabe é que eu não sou um boneco, não sabe porque, efectivamente, não quer saber e ponto. É triste sabem? É triste, porque ele é médico e porque eu, infelizmente, a nível de saúde dependo dele e das suas escolhas, mesmo sabendo, que amanhã pode já ser tarde demais. Porque se houverem consequências sou eu que tenho de aguenta-las, até ao fim do meu caminho, aqui na terra.
Ele é médico mas não sabe, ou melhor, não quer saber que a vida é tão rara.

1 comentário:

  1. Este post fez-me mesmo lembrar uma frase: "Viver é algo tão raro. A maioria das pessoas apenas existe." E não é que é verdade? :x

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