Virou moda já sei

O meu livro vai sair na altura desta moda, mas não é alvo de tal. Foi uma promessa que fiz a umas pessoas muito especiais para mim. Confesso que no inicio não achei grande ideia, apesar de na brincadeira sempre ter dito ''a minha vida dava um livro'' nunca pensei a sério sobre isto, por isso era algo que não fazia parte dos meus planos até surgir aquele dia. Um dia de chuva lá fora, mas naquela sala havia amor, carinho, esperança e milhões de sorrisos, lá dentro estava Sol!

Deram-me a volta com argumentos como '' tu tens uma história de vida e força para contar e dar. Como viste, em menos de uma hora e sabendo tão pouco de ti, já choramos baba e ranho!''. Gosto de livros com histórias vividas na primeira pessoa. Que seja algo duro, cruel e que mexa comigo. Basicamente, histórias da vida real transcritas no papel. Quando digo vida real, não estou a falar de assuntos sobre moda, roupas e por aí. Para mim a vida real, onde existem problemas a sério ( a maior parte dos problemas de pessoas saudáveis, podem ser resolvidos por eles próprios. Tem saúde, por isso basta quererem resolve-los) é a vida de uma pessoa que tem a infelicidade de carregar, ás vezes para sempre, um fardo enorme nas costas a nível de saúde e que mesmo assim capazes de mostrar optimismo, esperança, coragem e força. Sem nunca desistirem! Nesse livros o dinheiro que gastam ao compra-lo é bem investido, porque acontece sempre uma mudança interior, por muito mínima que seja, a quem o lê. Esta mudança também acontece quando se lê livros de e sobre viagens humanitárias.

Mas agora, actualmente, publicam tantos livros sem histórias de vida real, alguns sem nexo para estarem numa livraria. Conheço uma pessoa que publicou um livro sobre a tristeza de viver, por mês, com 1000 euros! Não percebo, essa pessoa se ainda tivesse problemas de saúde (tem um, mental, mas recusa-se a admiti-lo), filhos ou despesas na farmácia ainda percebia, mas assim não percebo porque ela não tem despesas com hospitais e filhos. Tristeza de viver com Mil euros, não faço ideia do que isso é, porque aqui em casa somos 4 (eu sou a que dá mais prejuízo por ter uma doença rara) e no fim de cada mês só entra um ordenado mínimo!

Não percebo o porquê de quererem ter fama. Eu fujo dela como o diabo da cruz! Editoras porquê pegarem nestas 'histórias' supérfluas, quando existe tanta gente com historias reais para contar?!