sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

(A)Dora

Ontem vi.a. A muitos kilometros de distância mas incrivelmente perto. Ela estava na minha televisão, a fazer o melhor que sabe: salvar vidas. Ela está em Angola mas a sua vida (o filho) está cá. Vi.o nascer, andei com ele ao colo e já está no 5 ano! Mas ela, a par da minha Mãe, é a pessoa mais forte que já conheci. Acho que foi com ela que aceitei e aprendi a lidar com o sangue. Foi ela que me disse "tens massas tumorais" com uma calma assustadora e da mesma forma disse "vais livrar.te disto". É ela que dá aqueles abraços apertados, sinceros e emotivos. Será sempre a minha doutora sem nunca o ter sido oficialmente. Foi ela que foi ao lançamento do meu livro exausta das horas de viagem. O apoio dela não falhava. Nem falha. Foi ela que, no dia dos anos do filho, foi ver.me e dar.me força para eu enfrentar a operação do dia seguinte. Escreveu.me um dos postais mais bonitos que já recebi. É dona de um coração enorme e de ouro. Deu.me a mão e nunca mais me largou. Para ela serei sempre a sua Joãozinha. Não estou com ela desde 2011 e tenho tantas saudades!! Ontem, a minha Mãe chamou.me e apontou para a caixa mágica "vês, é a nossa D!". Nossa. Minha. A minha Dra. Dora.

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