sexta-feira, 10 de abril de 2015

[escrito num momento de frustração]

Tenho dias em que sinto-me uma mentira. Uma pessoa bloqueada mentalmente. Triste. Infeliz.  Alguém que não acredita e não quer fazer nada.
Alguém que só quer desistir de tudo e da vida.
É muito difícil ter 23 anos e ter de lidar com todas as limitações que a doença que me consome impõe. As físicas e as outras.  Banais,  como conduzuir e andar sozinha na rua.  Tenho 23 anos e tenho de dar a mão aos meus pais. Entrar no mar,  dantes voava para ele, torno-se um suplício psicológico para mim.  Porque preciso de ajuda ao entrar e sair. E são tantas as vezes em casa ue me sinto um fardo. Eu queria ter uma vida normal. Só.  A doença,  tão rara e estúpida,  cansa-me.  A crueldade da patologia deixa-me sem ar. 

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