terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Triste é viver num país ( em letra pequena) que têm muitos alguéns (com uma vida desafogada e com saúde) a decidir o que cada doente devia de decidir. Não lhes compete decidir quando não eles ( esses alguéns) que sofrem, que lutam para sobreviver a dores bastantes dolorosas e resistentes a medicamentos. Morrer aos bocadinhos mesmo amando a vida , com dores que poderão chegar a ser diárias, é desumano.

Espero que amanhã exista alguma mudança. Todos temos o direito de escolher sobre as NOSSAS vidas. Nunca pela dos outros.

Se quiserem falar comigo sobre este tema tão polémico façam-no, sem medos. No entanto, aconselho que antes de se dirigem a mim arranjem uma doença rara, sem cura, sem tratamentos específicos. Não se esqueçam das dores e dos 15 medicamentos diários e ainda 2 anos de quimioterapia. Centenas de consultas e um sem fim de exames nada agradáveis. Tudo isto, com uma vivência do minimo de 10 anos.

Pessoalmente, amo viver mas consigo perceber os motivos de quem escolhe descansar de uma longa e dura batalha. Mais que perceber, consigo sentir o que sente quem escolhe esta opção. E não condeno.

Em condições de vida como as que descrevi anteriormente, ninguém está interessado em ser herói/heroína ou uma inspiração para alguém... apenas se quer ser um ser humano.

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